Você sabia que muitas vezes está indicada a fixação do osso acometido por metástase antes de fraturar?
Da maneira como citamos no último post sobre o assunto, o tratamento dos pacientes com câncer evoluiu muito nos últimos tempos e com isso as metástases ósseas se tornaram mais frequentes. Sendo assim, cada vez mais é importante estarmos atentos aos sinais e sintomas que antecedem uma fratura patológica. Quando o paciente está em tratamento para câncer e inicia com dor progressiva, sem melhora com analgésicos, que piora para caminhar (quando o problema é nos membros inferiores) ou para realizar atividades simples como escovar os dentes (nos membros superiores) sugere fortemente que este osso está em risco. É o chamado risco iminente de fratura.
Utilizamos diversos critérios que indicam a fixação profilática (antes de quebrar). Avaliamos principalmente o tipo de lesão (destrutiva ou não), tamanho da metástase, localização e nível de dor. Além disso é extremamente importante considerar as particularidades de cada caso, assim como condições clínicas do paciente, dor, função, atividade, impacto na qualidade de vida, prognóstico.
Por tudo isso, é imprescindível a avaliação do ortopedista oncológico, juntamente com a equipe multidisciplinar (oncologista e radioterapeuta) para definir a melhor conduta para o paciente com surgimento de lesões ósseas metastáticas ou agravamento das lesões. Atuar de maneira preventiva nessas lesões evitando a fratura (e seu trauma psicológico), melhora da dor e função e, principalmente, a qualidade de vida.